“O livro pretende deixar uma mensagem positiva no coração das crianças que o leem, além de possibilitar um momento de acolhimento e de diálogo familiar”

- É um livro infantojuvenil, mas penso que se direciona a crianças pequenas de até 10 anos de idade. Por ser de fácil leitura e entendimento, e pela temática desenvolvida - diz a autora. 

O lançamento oficial aconteceu na Livraria Bora Lê, do Shopping Pátio Mix. Vários amigos, conhecidos e clientes da loja passaram por lá. “Foi um dia inesquecível”. 

Sirléia estará em Volta Redonda, no Aero Cultural, dia 17 de setembro, a partir das 13h, para uma tarde de autógrafos. 

- Minha filha Stephany é a minha razão de escrever. Quando ela nasceu, sempre contávamos as histórias de conto de fadas para ela, e quando essas histórias conhecidas se acabaram, eu mesma passei a criar as próprias histórias. Antes de dormir era a hora da história. E a cada noite, uma história diferente brotava. Com personagens diferentes, ambientes e com uma moral própria. Percebemos em casa que as histórias eram boas, às vezes, com finais surpreendentes, e fui incentivada a escrevê-las. 

Confira a entrevista com Sirléia Sampaio 

Quando e como nasceu o livro “Borboleta Desbotada”? 

Durante a pandemia (novo coronavírus/Covid-19) digitei todas as histórias e, de lá para cá, venho pensando em transformar em trabalho. Este ano, para a minha alegria, publiquei a primeira história. O livro “Borboleta Desbotada” tem essa importante missão de me lançar ao mundo como escritora. A história do livro é uma das histórias que criei para a minha filha Stephany, quando ela era pequenininha, e já vivia questões relacionadas à escola e ao convívio social. 

O que os leitores vão encontrar no livro, qual a sinopse, qual o conteúdo/mensagem que você quer passar com “Borboleta Desbotada”? 

De uma forma muito sensível, o livro fala sobre a mariposa e a borboleta. Evidenciando que todos nós temos um lugar no mundo e uma missão para cumprir, independente das características físicas que temos. Quando nos conhecemos e nos acolhemos, somos mais felizes.
O livro pretende deixar uma mensagem positiva no coração das crianças que o leem, além de possibilitar um momento de acolhimento e de diálogo familiar. 

Por que a escolha desse tema? O que a motivou a seguir esse caminho na construção textual do livro? Quais suas influências e inspirações? 

Como psicóloga clínica sei o quanto é importante trabalharmos a autoestima e o autoconhecimento em nossos filhos. Possibilitar reconhecer as emoções, identificando e nomeando cada uma delas, saberemos administrar o que nem sempre nos agrada. Ou aprendemos a lidar com as frustrações da vida.
Penso que minhas lembranças são as minhas melhores inspirações... A oportunidade de morar em um sítio, e estar tão próximo da natureza. Viver tantas aventuras, ter de criar brincadeiras e brinquedos para a hora passar. O tempo na roça é diferente. Algumas das minhas melhores recordações eram as noites de contação de histórias. Lá, até os meus 8/9 anos de idade, não tínhamos luz elétrica. Portanto, não havia televisão. E sempre estávamos ouvindo histórias. E contos.

Infância na roça: Sirléia (de vermelho); sem luz elétrica, mas iluminada pela criatividade

Como a arte de escrever entrou na sua vida? 

A arte de escrever entrou em minha vida quando consegui me reconectar com minha Sirléia criança. Quando consegui revisitar meu passado sem dor. Nossa infância é conservada dentro de nós por toda a vida. E quando conseguimos revisitá-la em seus melhores momentos, podemos trazer para a nossa vida de adulto muita criatividade, coragem, esperança e amor.
Minha Sirléia pequena foi quem ouvia as histórias e ela que agora, já adulta, escreve histórias para outras crianças. Com o desejo de que também se sintam tão especiais como eu me sentia ao ouvir as histórias naquelas noites escuras. Ali eu era vista com muita ternura e acolhimento.
Como é bom ter pessoas ao nosso redor que se importam, que são gentis e sensíveis. 

Você tem planos de escrever e lançar outros livros? Serão voltados para a mesma faixa etária? Com temáticas semelhantes? 

Estou fechando um outro evento - café literário, em Volta Redonda. Será no dia 28 de setembro (quinta-feira).
Irei lançar várias outras obras! Já tenho algumas concluídas, e imagino que em 2024 teremos um novo projeto para divulgar. A próxima publicação também será direcionada ao público infantojuvenil, porém com um tema mais delicado. Como psicóloga, desejo poder “passear” por temáticas que identifico na clínica como necessárias, o luto e processos relacionados à perda é um deles. Imagino que a minha próxima publicação será para essa temática. 

Lançar um livro não é um processo fácil. Que análise você faz desse cenário literário? 

Penso que é necessário ter muita cautela nesse cenário. É preciso estudar bem as editoras e propostas. E, dependendo do objetivo, é importante considerar diferentes caminhos. Ao publicar o livro “Borboleta Desbotada”, eu aprendi algumas lições importantes para os próximos trabalhos. Há sempre um risco de não gostar do resultado ou da dinâmica que a editora propõe. Então, meu conselho para quem deseja se aventurar no mundo da escrita é buscar referências, conversar com outros escritores, verificar as informações da editora: se é idônea, se resguardar de todas as maneiras. E acreditar no seu potencial! Nem sempre as coisas vão fluir como esperamos, mas tudo acontece com bastante trabalho e dedicação. 

> O livro está sendo comercializado no site da editora (clique aqui para comprar). Preço: R$ 35.
Quem desejar conhecer um pouco mais do trabalho da Sirléia como escritora e psicóloga: Instagram @sirleia_sampaio e WhatsApp (24) 99925-4580. Atende presencialmente em Resende, e online em todo o país. Na clínica, direciona o trabalho para adolescentes, adultos e idosos. 

Fonte: www.olhovivo.com.br

Fotos: Divulgação e arquivo pessoal